Eunice Prudente, conselheira da Adaap, ganha entrevista na Folha de S.Paulo
Nessa semana, a advogada e docente da Universidade de São Paulo Profa. Dra. Eunice Prudente, 78, ganhou um extenso perfil no jornal Folha de S.Paulo, um dos mais importantes do País.
O jornal destacou um feito muito importante da trajetória de Eunice Prudente: em agosto deste ano, ela se tornou a primeira mulher negra a tomar posse na Academia Paulista de Letras Jurídicas, fundada em 2009, ocupando a cadeira de número 17 (de um total de quase 80).
Eunice Prudente, desde 2022, é uma das conselheiras da Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), organização social que gere a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
À época de tomar posse na Academia Paulista de Letras Jurídicas, disse: “Agradeço a confiança depositada em mim e reafirmo meu compromisso de continuar trabalhando por um Brasil mais justo e representativo. A diversidade de gênero e raça é essencial para o crescimento de nossa sociedade, e estou entusiasmada para contribuir com os trabalhos desta renomada casa”.
No texto, o jornal Folha de S.Paulo destacou sua luta desde cedo pela justiça racial no Brasil. Ela se formou na Faculdade de Direito da USP, onde também fez mestrado e dourado. Em 1980, defendeu a dissertação sobre preconceito racial e igualdade jurídica no Brasil.
Sobre Eunice Prudente
Eunice Prudente é advogada e doutora pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – instituição em que leciona atualmente.
A professora tem muitos artigos publicados na área jurídica e é autora da primeira tese no Brasil que propôs a criminalização da discriminação racial, intitulada “Preconceito racial e igualdade jurídica no Brasil” (1990). Escreveu também os livros “O direito de participação popular nas constituições federal e estadual e nas leis orgânicas dos municípios da região metropolitana da grande São Paulo” (1993) e “Os níveis de governo e de algumas funções públicas: atribuições jurídico-constitucionais” (1993), assim como dezenas de outros artigos e ensaios acadêmicos.
Em 2021, tornou-se Secretária Municipal de Justiça na Prefeitura de São Paulo. Atuou como diretora-executiva da Fundação Procon-SP (2006) e foi Secretária de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo (2007-2008). Atualmente, é titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Além disso, Eunice fez parte da Frente das Mulheres Feministas, onde conheceu importantes nomes do civismo e da política, como Ruth Cardoso, Eva Blay, Marta Suplicy e Ruth Escobar. A doutora conviveu e foi influenciada por grandes pensadoras do feminismo negro que foram suas contemporâneas, como Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez.